BLOG do BURCK
Os blogs são a melhor coisa da internet. A liberdade de escrever o que se pensa e a remota possibilidade de alguém ler, gostar ou odiar, é fascinante. A idéia é desopilar o fígado, dividir idéiais, debater. Os temas: Judiciário, política e futebol, não necessariamente nesta ordem . Críticas são muito bem vindas, e tomo a liberdade de reproduzi-las, se publicáveis. Divulguem, se gostarem. Caiam de pau, se não. Para comentários mais prolixos o email do blogueiro é burckcarlos@yahoo.com.br
sábado, 2 de junho de 2012
Faria tudo outra vez
Respondo: não. Jamais!!!
Retomei as rédeas de minha vida, amo e me sinto amado, por uma pessoa que esperei pela vida inteira e com a qual pretendo, se ela quiser, é claro, viver as horas, dias, meses, anos ou décadas que Deus Todo Poderoso me conceder.
Embora possa ter magoado pessoas que prezo, não queria ser hipócrita.
E minha amada agiu com retidão, coragem, lealdade, e com o imenso amor que tem dentro dela.
Quero ser sempre digno desse amor, de tê-la a meu lado, meus filhos, filhos dela, e todas as pessoas que amo e me amam.
Viveria tudo de novo, enfrentaria mais e pior, se necessário fosse, por esse amor.
Que nome se dá a isso?
- Trabalha na empresa EstudanteEstudou na instituição de ensino Colégio Marista ChampagnatMora em Porto Alegre, Rio Grande do SulDe Porto Alegre, Rio Grande do Sul
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quinta-feira, 31 de maio de 2012
O casamento é sagrado?
O que está errado, no entanto, é como educamos os filhos. Valorizamos aquela frase bonita do "até que a morte nos separe", nos quedamos na superfície, e nos esquecemos de ensinar que no casamento, como em toda e qualquer relação, a persistência está ligada indissociavelmente à felicidade.
O casamento não é bom porque é duradouro, senão é duradouro porque é bom.
Todo mundo sofre
Os relatos são de situações complexas e com grande carga emocional, casamentos que são mantidos única e exclusivamente em relação de filhos, pais que exercem a guarda sem colaboração alguma das mães, privação de visitas e por aí vai.
E verifico que são situações que exigem que as partes tivessem um acompanhamento social e psicológico para solvê-las de modo satisfatório, não existindo serviço dessa natureza que seja acessível a grande maioria do nosso povo.
O Judiciário, que poderia ter núcleos de mediação e conciliação para evitar a desintegração familiar ou os danos da ruptura do casamento, notadamente em Rondônia é deficiente, com várias genéricas cíveis para uma jurisdição peculiaríssima, dependente de vocação do magistrado, formação constante e de entrosamento com a equipe interdisciplinar.
Vou propor ao Tribunal a mudança.
sábado, 20 de agosto de 2011
Egoísmo ou Altruísmo
Desculpe a pergunta profunda, assim, de supetão.
Se viemos para cá, para amar (e ser amados) ou sofrer, é mais ou menos a indagação que sintetiza o dilema filosofal de nossa curta encarnação.
E se somos isso mesmo, espíritos em uma carne, melhor que soubéssemos exatamente a que direcionar nossas vidas, até porque lá se vão 41 anos, 1 mês e 8 dias da minha, e eu ainda não consegui compreender bem o que estou fazendo por aqui, a que e para que eu sirvo.
Acho que todo mundo que desavisadamente caiu neste blog já deve ter se torturado algum dia com a percepção que nossa estada terrena é levada por circunstâncias que não temos o mínimo domínio e para as quais, mesmo com nossa racionalidade e o tempo dispendido em elucubrações, vamos desperdiçando em condicionamentos, como um veleiro que se deixa levar ao sabor dos ventos, ou, na falta deles, estaciona, sem um leme, uma rota, sem noção de barlavento e sotavento. É meio clichê, mas paciência. As coisas em verdade são simples, nós é que complicamos, e talvez por isso os clichês existam e nos sirvam.
Laurence J. Peter, que eu não tenho a mínima ideia de quem seja, disse que “se você não para onde está indo, provavelmente vai acabar em outro lugar”. Tu tens, de fato, a dimensão do rumo que tua vida está tomando? Este rumo tu traçasse ou és um dos tantos escravos das conveniências, hipocrisias e perfídias do que convencionamos denominar de destino?
Aliás, a palavra destino vem da negação mesma de tino, de raciocínio, de tirocínio, de domínio pela inteligência.
Estamos aqui , afinal, para vivermos segundo nossos apetites, vontades, amores, paixões e erros, ou nos contentarmos em ser um elo, de uma corrente composta de várias pessoas, pensando no que é melhor para elas e no que é mais harmônico ou menos difícil de suportar?
Vejo que quando alguém decide correr atrás de uma vida que represente felicidade é visto sobretudo como egoísta, porque o que se espera é que nos preocupemos primeiramente em pensar em todos e na estabilidade, nem que seja da tristeza.
No fundo, no fundo, se agarrássemos a felicidade à unha, seríamos muito mais capazes de fazer felizes todos que nos cercam. Talvez esse seja o verdadeiro altruísmo, irradiar a felicidade, compartilhar o prazer, o amor, o riso.
Amor é renúncia sim, mas da infelicidade.
Eu renuncio a ser infeliz ou meio feliz.
Porque ninguém é culpado senão de sua própria infelicidade ou de não ser generoso com a felicidade alheia.
Dedicado ao Mestre Fernando, sempre generoso com a felicidade de todos.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
A foto do facebook.
É como jogar amarelinha. Quando jogamos a pedra no lugar errado, ou pisamos na linha, voltamos ao zero, para, então, dependendo da mira e da habilidade das pernas, seguir. Nem que seja para errar a pedra no 8, ou pisar na linha no 9, e retornar ao zero. Só assim se chega ao "céu".
Nestas marchas e contramarchas vamos perdendo coisas pelo caminho e agregando sentimentos ou ressentimentos. Quiçá os dois juntos muitas vezes
Nenhum ressentimento, penso eu, é mais doído que a revolta consigo mesmo por ter compreendido o lugar correto, a casa certa para jogar a pedra, mas, arremessando com muita ou pouca força, tenha de voltar ao nada, again.
Tecemos teias racionais perfeitas, baseadas em diagnósticos elaborados, refletidos, construídos em "sentimentos revirados", em conversas, em olhos que não se encontraram, que não disseram, em palavras repetidas mas desprovidas da verdade contundente. Na consciência do autoengano.
Entretanto, tudo nos empurra ao condicionamento da letargia. Brincamos de ser altruístas para nossa expiação.
Basta um momento de algum brilho, uma visão das dificuldades de dar vazão à inquietude e de mudar, apego a aparência das coisas e às coisas em si, e foi-se aquela promessa lapidada da busca da busca da tormentosa. Falo da felicidade. Ela atormenta. É vaidosa, aquela mulher linda que se insinua, que tu acha que te come com o olhar, que te inebria com o perfume, que pega na tua mão, que usa todos os métodos de sedução, mas que salta longe quando tu avança e se esconde atrás do muro dos malfadados condicionamentos, para que tu te conformes com o que ou onde estás. E te diz: "eu não sou para o teu bico. Sou muita areia para o teu caminhão". Ela não é mulher para casar. Uma ficada, um lance, se tanto.
Certo é que desistimos dela, por um tempo, nos conformamos momentaneamente, mas é só ela trocar de perfume, ou de penteado, e se aproximar sorrateira, sedutora a bandida, e já nos apaixonamos perdidamente por ela de novo, como se nunca tivesse nos rejeitado.
É chocante vermos a representação ectoplástima, materializada em fotografia, destes momentos de desistência de agarrar a bandida, ainda que pelo pé. De fato é um fantasma, não há nós ali.
Descobri, então, porque as pessoas trocam a foto do facebook, no orkut...
Achei que era só para os outros verem.
Não é.
Gosto de olhar para mim vislumbrando que vou acertar a pedra na casa certa. E não vou pisar na linha.
É por isso que minha foto escroncha do facebook não passa de hoje.
terça-feira, 26 de julho de 2011
PEQUENA TRILOGIA DO OLHAR - PARTE I - SOMENTE PARA OS SEUS OLHOS
Isso me levou a um pensamento e a outro, até à seguinte indagação: um olhar efetivamente é capaz de dizer tudo?
Podemos sentir a amizade, o amor, a admiração, a paixão, o tesão em um olhar ou mesmo vários olhares? Olhos nos olhos e está desvelado o querer e o não, as razões da diferença e da anestesia, do amor e do desamor, descrédito, que estamos só no início ou que o inevitável fim se anuncia?
Os olhos espelham o embate do nosso íntimo? Eles nos traem? Traímos com eles?
Tenho me esforçado para olhar nas pupilas dos que estão ao meu lado. Procuro no movimento dos olhos, no olhar que se desvia, sinal de apoio, concordância, censura, admiração, repulsa, sinceridade.
É uma arte de que sou iniciante, pois até a pouco sempre acreditei na palavra.
Essa sim, eu sei: mente, engana, confunde, nada explica, e, mais do que tudo, omite. Entre o pensar e o falar há tempo suficiente para evitar mágoas, ser gentil, politicamente correto, valorar conveniências e consequências, além de não entregar-se.
Há, assim, um hiato, um abismo, um cânion entre o que sentimos e dizemos.
Não sei, mas e se deixássemos as palavras soltas ao sabor da inconsequência da nossa louca paixão, ou da sua retomada, em favor do viver tudo, ou tudo do início, na pelo menos busca da busca da felicidade? Continuaríamos nos perdendo no meio do caminho, nesse limbo, nesse lugar dentro de nós mesmos, esconderijo da falta de coragem, depósito de nosso orgulho, ou moral da aparência, sótão do amor não vivido, do desejo não correspondido, do medo de enfrentar tudo, de dar o o ansiado “start” ou o inexorável “the end”?
Imagino o caos, mas seria um caos necessariamente ruim? Amar de fato quem amamos, detestar quem nos detesta e acarinhar com um sorriso – ou mesmo com um olhar - toda a gente meiga que cruza nosso dia. Cruelmente verdadeiros na palavra ou olhar, tanto faz, seríamos realmente mais infelizes do que somos hoje?
Acho difícil ser pior do que está. Quero crer que, desapegado totalmente da sinceridade da palavra, dita ou escrita, da minha, da tua, mesmo das legendas do filme, me tornei um terrorista do olhar. Está tudo aqui: decepção, revolta, solidão, amor, amizade profunda, vontade de esganar, tudo em duas dimensões, faiscando nos meus olhos sumidos pelas bochechas. Não posso dispensar meus óculos escuros nem à noite. Sem eles estou nu. Meus defeitos e segredos estão por uma fitada breve, totalmente vulnerável que me encontro.
Minha sorte é que ninguém olha em meus olhos (nem de ninguém). Esperam minhas palavras. Ainda bem.
Acho que é por isso, e por tanta coisa que não sei nem explicar, que preciso tanto aprender a decifrar o olhar e a falta dele.
Ou então apenas confortar meu futuro com a poesia do Quintana:
“Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto,
Mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz
para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...
E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém
também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas
renúncias e loucuras, alguém me valoriza
pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo,
que abusa demais dos bons sentimentos
que a vida proporciona,
que dê valor ao que realmente importa,
que é meu sentimento...e não brinque com ele."
E como disse certa feita o velhinho: “O pior de nossos problemas é que ninguém tem nada a ver com isso”.